A Espanha tem uma longa relação com o vinho e há indícios de sua produção de até 4 mil anos a.C. A cultura do vinho sobreviveu à passagem dos bárbaros e árabes pela região, graças à uma pequena produção feita para os cristãos. Desde 1990 a Espanha tem passado por mudanças como modernização e regulamentação do setor. Atualmente a Espanha possui a maior área de vinhedos do mundo e é o terceiro maior produtor de vinhos.
Na Espanha a legislação é clara e podem haver vinhos DOP (Denominación de Origen Protegida) que se subdividem em DO (Denominación de Origen) e DOCa (Denominación de Origen Protegida Calificada), VP (Vinos de Pago) e VCIG (Vinos de Calidad con Indicación Geográfica) e a classificação IGP (Indicación Geografica Protegida), conhecidos por Vinos dela Tierra. Os demais vinhos podem ser rotulados apenas como Vino.
Além das indicações geográficas há a classificação por tempo de envelhecimento:
-Jóven: Vinhos engarrafados e colocados no mercado um ano após a sua safra, podendo ou não ter passado por madeira.
-Crianza: Para tintos, o vinho deve ter envelhecido por, pelo menos, 24 meses, sendo que deve passar 6 em carvalho (ou 12 para DOCa Rioja e DO Ribera del Duero). Para brancos e rosados, o período mínimo de envelhecimento é de 18 meses e não há disposições quanto ao uso de madeira.
-Reserva: Normalmente os Reserva são vinhos selecionados dentre os melhores lotes das melhores safras. No caso dos tintos, o período mínimo de envelhecimento é de 36 meses, sendo 12 em barris e o restante em garrafa. Para brancos e rosados, o vinho deve envelhecer por 18 meses, sendo seis deles em madeira e os demais em garrafa (24 meses no total para DOCa Rioja e DO Ribera del Duero).
-Gran Reserva: Vinhos produzidos apenas em safras excepcionais. Os tintos Gran Reserva envelhecem por, no mínimo, 60 meses sendo 18 em madeira (24 meses para DOCa Rioja e DO Ribera del Duero) e o restante em garrafa. Para brancos e rosados, os períodos são de 48 meses de envelhecimento, sendo seis deles em carvalho.
A DO (Denominación de Origen) Ribera del Duero é uma das principais regiões produtoras espanholas. Aqui a principal uva é a Tempranillo mas são também permitidas castas estrangeiras como Cabernet Sauvignon, Malbec e Merlot. Desde os anos 80 e em grande parte graças à estrela local, Vega Sicilia, houve um salto qulitativo na região, que hoje produz vinhos consagrados e de qualidade.
